A BAMIN avançou em mais uma etapa estratégica para o desenvolvimento do Porto Sul ao realizar, nas últimas semanas, um ciclo de visitas de benchmarking em três operações portuárias: o Porto de Imetame, em Aracruz (ES); o Porto de Capuaba, administrado pela VPorts, em Vitória (ES); e uma operação de transhipment em alto mar na região de Montevidéu, no Uruguai. A agenda foi conduzida por Fernando Machado, Gerente de Desenvolvimento e Planejamento Integrado da BAMIN, e contou com a participação de equipes técnicas da empresa.
Cada visita teve um objetivo específico, alinhado às necessidades atuais do projeto. No Porto de Imetame, que está em fase avançada de construção, o foco foi observar soluções adotadas em atividades offshore, como dragagem, obras de cais, quebra-mar e retroárea. Participaram dessa agenda: o gerente técnico de estimativas de Engenharia Econômica, Gunter Nothling; o engenheiro de Projetos Sênior, Jutaí Santos e a gerente de Projetos e Manutenção, Patricia Albuquerque.
No Porto de Capuaba (VPorts), a equipe ampliou o conhecimento sobre a operação de um terminal multipropósito, com atenção especial às operações de grãos e fertilizantes. Destacaram-se tecnologias como galpões equipados com sistemas de correias transportadoras para manuseio de grãos e a operação de fertilizantes, que utiliza grabs acoplados a guindastes e carregamento por moegas. Os mesmos representantes do encontro na Imetame acompanharam essa etapa.
Já na operação de transhipment em Montevidéu, acompanhada pelo diretor Técnico e Planejamento Integrado, Lucas Araújo e o especialista em Construção Offshore, Leonardo Conceição, o objetivo foi aprofundar o entendimento sobre o carregamento de granéis sólidos em mar aberto, observando limitações técnicas, desafios, produtividade, planejamento, inovação e organização operacional. A visita trouxe um importante diferencial: permitiu materializar a possibilidade real de implementar esse tipo de operação em águas não protegidas, realidade semelhante à de Ilhéus, onde está sendo implantado o Porto Sul.
Divulgação BAMIN
Entre os aprendizados mais relevantes, Fernando Machado destaca lições práticas que podem ser aplicadas ao projeto baiano. No Imetame, chamou atenção a gestão integrada da pedreira e o lançamento do grande volume de material para construção do quebra-mar. Na VPorts, além das soluções tecnológicas de movimentação de cargas, a organização operacional dos terminais se mostrou exemplar. No transhipment, as boas práticas observadas, o alto nível de planejamento e a quebra de paradigmas sobre transbordos ship-to-ship em águas abertas reforçaram o potencial dessa solução logística.
As visitas também evidenciaram oportunidades de inovação e sustentabilidade. A operação de transhipment, por exemplo, foi destacada como um case pioneiro, por demonstrar que o carregamento de granéis sólidos em mar aberto é possível, seguro e eficiente, um conhecimento essencial para o futuro do Porto Sul.
Segundo Fernando, esse intercâmbio internacional reforça a visão de longo prazo da BAMIN para a implantação de um modelo portuário competitivo, moderno e sustentável na Bahia. “Ao aprender com experiências bem-sucedidas, ampliamos nossa capacidade de planejar e operar um porto mais eficiente e alinhado às exigências ambientais e sociais atuais. Esse benchmarking foi extremamente positivo, pois ampliou nossa visão sobre padrões de excelência e revelou caminhos para avançarmos em eficiência e inovação”, afirma.
Divulgação BAMIN
Os próximos passos incluem a consolidação dos aprendizados para orientar práticas mais eficientes e sustentáveis, fomentar a geração de empregos, fortalecer a economia local e promover um desenvolvimento regional equilibrado. Além disso, os insights obtidos vão contribuir para antecipar necessidades e estruturar programas de formação e capacitação alinhados às tecnologias que serão adotadas no Porto Sul.
Para Fernando, o legado dessas visitas ultrapassa o aspecto técnico e se conecta diretamente ao futuro da Bahia. “Essa etapa reforça que aprender é essencial para construir um projeto portuário sólido e competitivo. Mais do que uma troca de experiências, esse processo representa um investimento no futuro da BAMIN e do Porto Sul, garantindo que ambos evoluam alinhados às melhores práticas”, conclui.


