A BAMIN foi convidada a participar do VI Seminário de Jovens e Anciãos nos Conhecimentos Tradicionais Tupinambá, realizado na Aldeia Igalha, em Olivença, Ilhéus. O encontro, promovido anualmente pelo povo Tupinambá, teve como objetivo central fortalecer e preservar a ancestralidade, criando um espaço de diálogo entre gerações para compartilhar saberes, garantir a continuidade da identidade cultural e preparar as lideranças para os desafios atuais.
Nesta edição, a programação contou com palestras e oficinas conduzidas pelos programas da BAMIN de Prevenção à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, de Educação Ambiental com Comunidades e de Valorização Cultural. Cada iniciativa ofereceu conhecimentos complementares às práticas tradicionais da aldeia, abordando desde a proteção de direitos até estratégias de sustentabilidade cultural e ambiental.
Entre os destaques, o seminário promoveu a oficina de Captação de Recursos, que buscou capacitar jovens e lideranças para elaborar projetos, acessar recursos financeiros e, assim, impulsionar a autonomia e a sustentabilidade das aldeias. Foram entregues materiais didáticos para apoiar a aprendizagem dos participantes.
A importância do encontro foi reforçada pelas vozes das lideranças indígenas, como a de Edna Juerana Tupinambá. “Cada pessoa que participou: liderança, jovem, ancião, mulher, foi muito importante. Saímos da oficina com outra consciência, de como separar resíduo em cada lixeira. Para mim, foi uma experiência única e um aprendizado muito importante”, celebrou.
Já a Cacique Valdelice Tupinambá, conhecida como Jamopoty, primeira cacique mulher do povo Tupinambá de Olivença, destacou a importância de se falar sobre a prevenção à exploração sexual durante o encontro. “A violência sexual contra crianças e adolescentes também acontece nas aldeias indígenas e faltam políticas que atendam às necessidades educacionais e culturais dos habitantes das aldeias.”
De acordo com a analista de Relacionamento com Comunidades da BAMIN, Sandra Argolo, as palestras e oficinas criaram um espaço para a discussão de temas importantes. “O legado é a ampliação do debate público sobre a proteção de direitos humanos, a valorização da diversidade cultural e a sustentabilidade ambiental, contribuindo para a construção de um futuro mais justo e equitativo.”
Com a integração dos três programas, a BAMIN reafirma seu compromisso com a promoção da autonomia e da sustentabilidade das comunidades indígenas, deixando como legado o fortalecimento da rede de proteção, com maior conscientização sobre canais de denúncia; a proteção de ecossistemas locais e a promoção de práticas de consumo mais conscientes; e a preservação de tradições, línguas e conhecimentos ancestrais, além de estimular o empreendedorismo indígena e a geração de renda sustentável.
Assim, o seminário reafirma a relevância da troca intergeracional entre jovens e anciãos Tupinambá e demonstra como a união entre saberes tradicionais e contemporâneos pode abrir caminhos para um desenvolvimento cultural, social e ambiental mais autônomo, justo e sustentável em todo o território Tupinambá.
Esta ação é exigida como condicionante do licenciamento ambiental do Projeto Integrado da BAMIN, conforme regulamentação ambiental vigente. Porto Sul, registro nº 02001.003031/2009-84 | Licença de Instalação n.º 1362/2020, gerenciado pelo IBAMA e registro nº 2020.001.004926/LIC-04926 – portaria Nº 22.102/2021 /ANO BASE 2023, registrado pelo INEMA. Ferrovia de Integração Oeste-Leste registro nº 02001.021803/2021-56, gerenciado pelo IBAMA.
