BAMIN promove palestra online para colaboradores sobre enfrentamento à violência doméstica

Encontro foi na última quarta, com a advogada especialista Tatiéli Chagas, que destacou a importância da quebra do ciclo da violência

Como parte da sua programação no Agosto Lilás — campanha nacional de enfrentamento à violência contra a mulher — a BAMIN realizou, na tarde da última quarta-feira (28), uma palestra online com a advogada Tatiéli Chagas, especialista em Violência Doméstica. O encontro reuniu colaboradores e terceiros da empresa, em um momento de escuta, aprendizado e reflexão sobre o papel de cada um na prevenção e no combate à violência de gênero.

Durante a apresentação, a advogada destacou que a violência doméstica não é apenas um problema privado. É também uma questão social, jurídica e de saúde pública. Seus impactos vão além da vítima direta, atingindo crianças e toda a comunidade.

Com base na Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006), ela explicou os diferentes tipos de violência: física, psicológica, sexual, patrimonial e moral. Chamou atenção especialmente para as chamadas “violências invisíveis”, como a psicológica e a patrimonial. Mesmo sem deixar marcas físicas, essas formas causam danos profundos à autoestima e à saúde emocional das vítimas.

A especialista chamou atenção para o ciclo da violência, geralmente marcado por três fases: tensão (controle, ciúmes e ameaças), agressão (violência física ou emocional) e reconciliação (com promessas de mudança). Segundo ela, é essencial interromper esse padrão antes que as agressões se intensifiquem. “Precisamos identificar os sinais e impedir a ação do agressor, especialmente quando a mulher não consegue sair da situação por dependência emocional, financeira ou medo”, alertou.

A especialista também falou sobre as medidas protetivas previstas em lei. Entre elas estão o afastamento do agressor, a proibição de contato com a vítima, a suspensão do porte de armas e o acesso a apoio psicológico e jurídico. Ela destacou ainda a importância dos canais de denúncia, como o Disque 180 e o 190, explicando os fatores socioculturais que contribuem para a continuidade da violência, como a desigualdade de gênero, o patriarcado e a naturalização das agressões em algumas situações.

A iniciativa reforçou a relevância da prevenção por meio da educação voltada à equidade de gênero e da atuação em rede — com o apoio de organizações da sociedade civil, casas de acolhimento, escolas, empresas e demais instituições.

Ao final da conversa, Tatiéli destacou o papel da advocacia e da mobilização coletiva. Segundo ela, todos podem ser agentes de transformação, garantindo direitos, acompanhando vítimas e familiares, e contribuindo para uma sociedade mais justa e segura para todas as mulheres. “Juntas, somos mais fortes”, concluiu.

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