Cacau em alta: Ilhéus celebra bons frutos no Dia Mundial do Chocolate

Produção regional ganha força com inovação, geração de empregos e reconhecimento internacional

Na última segunda-feira, dia 07 de julho, foi celebrado o Dia Mundial do Chocolate. Em Ilhéus, onde fica localizado um dos projetos da BAMIN, o Porto Sul, a data tem um gostinho especial e está relacionada ao ciclo do cacau, um dos principais fatores históricos do desenvolvimento econômico local. A cidade se desenvolveu entre plantações centenárias e o ritmo das safras, consolidando-se como um dos principais polos produtores do país.

Desde o século XVIII, com o aumento da demanda europeia por chocolate, o cacau ganhou valor estratégico e transformou a região. No início do século XX, já havia se consolidado como principal produto de exportação da Bahia, substituindo o fumo da região do Recôncavo. Ilhéus viveu tempos de grande transformação, com investimentos em infraestrutura, construção de palacetes e praças, além de inspirar a literatura de Jorge Amado, que retratou personagens e cenários do período, eternizados nos best-sellers do escritor.

Atualmente, Ilhéus vive um novo ciclo na cacauicultura. Os anos difíceis provocados pela vassoura-de-bruxa — praga causada por um fungo que atingiu as lavouras do sul da Bahia a partir da década de 1990 — fazem parte do passado. O surto, que se estendeu até os anos 2000, levou à falência diversas fazendas e provocou um colapso na produção, impactando fortemente a economia regional.

Superada a crise, o município voltou a se destacar com a retomada da lavoura e a valorização do cacau de qualidade, ajudando a reposicionar a Bahia entre os principais produtores do país. Chocolates de origem, com métodos sustentáveis e reconhecimento internacional, ganham espaço no mercado. A cadeia produtiva cresce com o apoio à agricultura familiar, adoção de tecnologias e práticas voltadas à preservação ambiental. O setor reafirma sua relevância como vetor de desenvolvimento, geração de emprego, renda e incentivo ao turismo.

A BAMIN se orgulha de participar desse processo com iniciativas voltadas ao fortalecimento da cadeia produtiva. Entre os destaques estão as ações da Agroindústria do Cacau, as capacitações como o curso de podas, programas estruturantes como o Trilhos do Desenvolvimento e a RIOLESC — Rede de Integração Oeste-Leste de Economia Solidária e Circular. O apoio ao setor reafirma o compromisso da empresa com o desenvolvimento regional e a sustentabilidade dos negócios.

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