O Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência, celebrado no último dia 11, foi instituído pela UNESCO e pela ONU-Mulheres em 2015, com o objetivo de reconhecer e valorizar a contribuição da população feminina na esfera científica e tecnológica. Neste cenário, a geologia exerce papel fundamental e é uma das áreas onde a igualdade de gênero vem ganhando força, como acontece na BAMIN.
Marta Ormond, geóloga formada pela Universidade Federal de Mato Grosso, é responsável pelo mapeamento geológico e controle de qualidade de todo o minério produzido pela companhia na Mina Pedra de Ferro, em Caetité.
O empenho de Marta no dia a dia é reflexo de sua trajetória profissional e pessoal. Antes de chegar à companhia e atuar em sua função, a geóloga encarou inúmeros desafios. Natural de Oliveira dos Brejinhos, Marta terminou o ensino médio na pequena cidade do interior da Bahia e foi para Goiânia dar continuidade aos estudos. Na capital de Goiás, trabalhava como operadora de caixa em um mercado durante o dia e à noite participava de um curso técnico de mineração no CEFET-GO.
“Meu primeiro contato com a mineração foi neste curso, quando fiz estágio em uma companhia multinacional e participei de um estudo de viabilidade para implantação de uma mina de níquel em Barro Alto, interior de Goiás. Neste projeto, acabei me apaixonando pela geologia e contei com o apoio de colegas geólogos que me incentivaram muito a fazer o curso superior em Geologia. A partir daí, mergulhei nos estudos e fui aprovada no curso superior de geologia em Cuiabá. Chegando lá na Universidade Federal de Mato Grosso, iniciei um estágio no Departamento Nacional de Pesquisa Mineral (DNPM) por dois anos e posteriormente fui aprovada em um projeto de iniciação cientifica voltado para Exploração Mineral e Geoquímica, que me permitiu focar apenas nos estudos”, lembra.
Já formada, a geóloga trabalhou em Catalão, no interior de Goiás, em uma mina de nióbio e fosfato. Posteriormente trabalhou com Ouro em Crixás, também no estado de Goiás. Passou por Paracatu, Minas Gerais, onde desempenhou atividades ligadas à extração de chumbo e zinco. Em Minas, durante um congresso de geologia na cidade de Araxá, conheceu o Projeto Pedra de Ferro da BAMIN. Neste momento, quando viu a magnitude desta jazida, algo lhe disse que um dia voltaria para sua terra natal, podendo contribuir com a geologia da Bahia, colocando em prática aquilo que havia estudado no Centro-Oeste do país.
“Comecei na BAMIN em 2011, quando vim para Caetité trabalhar na Mina Pedra de Ferro. Aqui, além de constituir família, pude realizar meu sonho, que é trabalhar como geóloga na minha terra, em uma profissão tão complexa e primordial. O geólogo estuda a estrutura, a composição e os processos que formaram a terra, sua evolução ao longo do tempo, desempenhando um papel crucial para a mineração, pois é através da geologia que são descobertos os depósitos minerais, contribuindo também com outros setores como a indústria do petróleo, engenharia, sendo fundamental para o desenvolvimento de um país e para a sociedade em geral”, conta.
Sempre em busca do desenvolvimento pessoal e profissional, Marta concluiu seu mestrado em 2021, na Universidade Federal de Minas Gerais na área de Engenharia Metalúrgica, Materiais e de Minas, e recentemente finalizou um MBA em Gestão de Pessoas pela Universidade de São Paulo, cujo teor foi a evolução da liderança feminina na mineração brasileira. “Em ambos os cursos tive apoio da BAMIN. Sou muito grata à BAMIN, à minha equipe e aos meus líderes, por toda inspiração e empoderamento que me proporcionaram ao longo dos anos. Sou suspeita para falar, mas tenho um orgulho gigantesco da minha profissão e de toda trajetória percorrida até aqui e da enorme expectativa de ver o minério da Mina Pedra de Ferro nos trilhos da FIOL até o Porto em Ilhéus e de lá para o Mundo”, revela.