Pescadores recebem material para a pesca como recompensa pela limpeza dos mares / Foto divulgação
Nesta sexta-feira, 1º de agosto, a BAMIN realizará, no ponto de desembarque da Barra, em Ilhéus, a cerimônia de encerramento de mais um ciclo do projeto Oceano Limpo — iniciativa dedicada à coleta e ao descarte adequado de resíduos sólidos retirados do mar durante a pesca artesanal. Na ocasião, os pescadores que vêm contribuindo ativamente para a limpeza do litoral serão homenageados e premiados com itens de pesca e utensílios que auxiliam na manutenção da atividade, em reconhecimento ao seu compromisso com a preservação ambiental.
Em fase piloto, o Oceano Limpo está em andamento desde março em pontos estratégicos do litoral de Ilhéus e já contabiliza cerca de 1,5 mil litros de resíduos coletados — o equivalente a uma média de 105 litros por embarcação. Vinculada ao Programa de Compensação para Atividade Pesqueira (PCAP) da BAMIN, a iniciativa conta com o engajamento direto dos pescadores da região, que recolhem os resíduos encontrados no mar durante a pesca e os armazenam em bolsas instaladas pela empresa nos pontos de desembarque.
Esses pontos foram definidos com base em critérios como a dinâmica da pesca artesanal local, a viabilidade logística de instalação dos coletores e a aceitação da comunidade. Ao final de cada ciclo — que pode durar meses — todo o material recolhido é pesado e registrado. Durante as cerimônias de encerramento, os participantes são premiados coletivamente com materiais de pesca como forma de incentivo à continuidade do trabalho e à conservação dos ecossistemas marinhos.
Os prêmios foram definidos pelos próprios pescadores: itens como combustível, anzois e linhas de diferentes espessuras, escolhidos por sua utilidade no dia a dia da pesca. Em julho, o ponto de desembarque do Pontal recebeu a primeira cerimônia de premiação do projeto. A comunidade de São Miguel também deverá ser integrada à iniciativa em agosto, ampliando o alcance e o impacto positivo da ação.
A proposta é que o Oceano Limpo se torne um modelo replicável em outras regiões costeiras, promovendo maior conscientização ambiental e consolidando o papel dos pescadores como verdadeiros guardiões do oceano.
“As ações do Oceano Limpo mostram que soluções simples, sustentáveis e de baixo custo podem gerar um impacto concreto na proteção dos ecossistemas marinhos. O protagonismo dos pescadores é o que torna essa iniciativa tão poderosa e transformadora”, defende o diretor de Sustentabilidade da BAMIN, Marcelo Dultra.
Cultura Oceânica
Além do Oceano Limpo, outras ações vinculadas ao Programa de Compensação para Atividade Pesqueira (PCAP) da BAMIN buscam promover a valorização do mar como fonte de vida, sustento e equilíbrio ecológico. Uma dessas iniciativas é o projeto Cultura Oceânica, voltado à educação ambiental de crianças e adolescentes das escolas públicas da região do Porto Sul. A ação é realizada em parceria com o projeto de extensão “Ciência é Minha Praia”, da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), desde 2024.
O Cultura Oceânica consiste em uma série de atividades educativas e interativas levadas a escolas e comunidades, com o objetivo de sensibilizar os jovens sobre a importância dos ecossistemas marinhos e incentivar práticas sustentáveis. A programação inclui palestras informativas sobre biodiversidade local, exposição de uma coleção didática com organismos vivos e o jogo educativo “Pescaria Legal”, que trata de medidas de manejo para a pesca responsável e os impactos do lixo no mar.
As atividades são realizadas tanto em ambientes formais, como salas de aula, quanto em espaços não formais, por meio de tendas e estandes itinerantes. Em julho, os alunos do Ensino Fundamental da Escola Municipal da Juerana, em Ilhéus, foram beneficiados pela ação, participando de uma edição especial com experiências sensoriais e dinâmicas educativas.
“A proposta é aproximar os jovens do oceano, despertar a consciência ambiental desde cedo e incentivar práticas sustentáveis que fortaleçam a relação da comunidade com os recursos marinhos”, destaca o coordenador de Relacionamento com Comunidades da BAMIN, Ramon Chalhoub.
Esta ação é exigida como condicionante do licenciamento ambiental do Projeto Integrado da BAMIN, conforme regulamentação ambiental vigente. Porto Sul, registro nº 02001.003031/2009-84 | Licença de Instalação n.º 1362/2020, gerenciado pelo IBAMA e registro nº 2020.001.004926/LIC-04926 – portaria Nº 22.102/2021 /ANO BASE 2023, registrado pelo INEMA. Ferrovia de Integração Oeste-Leste registro nº 02001.021803/2021-56, gerenciado pelo IBAMA.