Racismo e saúde mental pautam roda de conversa da BAMIN com comunidade quilombola do Morro do Miriqui

Encontro reforça a importância da escuta ativa, do fortalecimento identitário e da promoção do bem-estar nas comunidades tradicionais da área do Porto Sul

A BAMIN realizou na última semana, uma roda de conversa com a comunidade quilombola do Morro do Miriqui, com o objetivo central de debater os impactos do racismo na saúde mental das populações negra e quilombola. Além dessa pauta principal, o encontro trouxe discussões sobre prevenção ao suicídio e a importância do fortalecimento da identidade como instrumento de proteção e suporte emocional.

Durante a roda de conversa, diversos temas foram levantados pelos moradores e discutidos coletivamente, como a estruturação da horta comunitária, a ampliação desse espaço, a implantação de uma área de lazer para as crianças e a busca por parcerias com empresas e instituições para a oferta de capacitações em empreendedorismo e agricultura familiar sustentável. A participação foi intensa e reafirmou o peso da marginalização e da exclusão social no cotidiano da população quilombola.

A ação demonstra, na prática, como o Programa de Comunicação e Interação Social contribui para o fortalecimento do relacionamento comunitário promovendo o diálogo transparente, valorizando a identidade cultural e atuando preventivamente na mitigação de impactos psicossociais. Ao abordar temas sensíveis e diretamente ligados ao bem-estar, a BAMIN reafirma seu compromisso com a construção de confiança, o desenvolvimento social e a promoção da dignidade das comunidades tradicionais com as quais se relaciona.

De acordo com a analista de relacionamento com comunidades da BAMIN, Sandra Argolo, a roda de conversa no Morro do Miriqui foi essencial para ampliar a escuta sobre temas profundos, como o racismo e seus efeitos sobre a saúde mental. “Esses encontros fortalecem nossa relação com a comunidade, geram confiança e mostram que estamos atentos às realidades e necessidades locais. É por meio desse diálogo contínuo que construímos relações legítimas e contribuímos para melhorias reais no território”, celebra.

A escolha do Morro do Miriqui para essa escuta comunitária está diretamente relacionada à sua proximidade com o empreendimento e ao cumprimento das condicionantes voltadas às comunidades tradicionais. Reconhecida pela Fundação Palmares, essa é a comunidade quilombola mais próxima da área de implantação do Porto Sul, o que reforça a necessidade de diálogo contínuo, respeito cultural e atenção às suas demandas prioritárias.

A iniciativa faz parte das ações previstas no licenciamento do Porto Sul e está inserida no subprograma de Comunicação e Interação Social com Comunidades Tradicionais, dentro do Programa de Comunicação e Interação Social.

 

Esta ação é exigida como condicionante do licenciamento ambiental do Projeto Integrado da BAMIN, conforme regulamentação ambiental vigente. Porto Sul, registro nº 02001.003031/2009-84 | Licença de Instalação n.º 1362/2020, gerenciado pelo IBAMA e registro nº 2020.001.004926/LIC-04926 – portaria Nº 22.102/2021 /ANO BASE 2023, registrado pelo INEMA. Ferrovia de Integração Oeste-Leste registro nº 02001.021803/2021-56, gerenciado pelo IBAMA. 

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